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quinta-feira, setembro 21, 2006

Cliente frequente

do serviço de atendimento permanente do hospital.

Desta vez porque ela chorou de tarde, em casa. A Francisca não é nada mariquinhas (eu sou muito mais!). Dizia que lhe doía o ouvido.

Ora, eu até já sei o que é preciso. O meu pai é otorrino, toda a minha vida convivi com "visitas de urgência" de amigos e conhecidos mais-ou-menos desesperados lá em casa.
Das memórias mais remotas que tenho, quando o meu pai fazia consultas em casa. Era a casa cheia no Inverno. De mulheres de xailes pretos com os filhos lá dentro. Lenços na cabeça, quiçá protegiam da chuva,

e o meu irmão e eu a fazer uma filinha indiana com as centenas de carrinhos que ele tinha, que saíam da cozinha e quase chegavam ao escritório,

às vezes a casa nem cheirava muito bem com tanta gente.

E não pagavam. Mais tarde, lá levavam em forma de agradecimento, garrafas e bacalhau ou um saco de batatas ou um molho de couves ou coelhos e frangos.

Mas já me perdi. Um dia até posso escrever mais sobre estas memórias.

mas o que precisava mesmo era de uma receita de antibiótico. 4ml de 8h em 8h.
Mais umas palavras tranquilizadoras para tanta ansiedade que carrego nestas situações.

Agora tudo acalmou. Ela dorme, não tarda vou dar-lhe um biberão de leite e deitar-me também.

Porque também eu ando com tosse-e-que-mais. Mas mãe que é mãe não tem tempo para ficar doente.
Amanhã fica o pai com ela em casa, que também andou adoentado esta semana, com direito a dormir noutro quarto e tudo.