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sexta-feira, outubro 08, 2004

Dois meses de mãe

É impressionante a velocidade a que o tempo passa. Ou como a nossa percepção de tempo muda com o próprio tempo.
Era eu miúda e achava que nunca mais chegava ao 12º ano.
Que nunca mais fazia 18 anos.
Que ainda faltava muito para ir para a faculdade.
E fiz os 18 e fui para a faculdade e a partir daí tudo começou a ser muito mais rápido.
Com o primeiro emprego, nunca mais eram 6 da tarde para ir para o ginásio nem sexta-feira para o fim-de-semana (claro que não estou aqui a referir as grandes baldas que dei dando por terminado o dia muito antes das 6...para ir aos museus, ou beber chá e comer scones, ou simplesmente esplanar, de telemóvel desligado, eheheh!!).

E eis-me grávida. Nove meses com semanas lentas e rápidas, que olhando para trás, só sinto é que voaram.
Depois o momento do parto. Uma espera interminável para ir para o bloco. E olho para trás e "foi um instantinho".

Mas, desde que sou mãe, que os relógios não têm dó de mim.
E já lá vão dois meses...

E com dois meses de mãe, mudei. Mudei:
-ganhei a mania de cantar desafinada e em voz alta (quase que posso ir aos Ídolos);
-passei a tratar o marido por Papá... ou, faço da Francisca a intermediária para lhe fazer chegar recados... "Chama o papá para te mudar a fralda"; "O papá hoje podia fazer-nos o jantar";
-Acho que toda a gente tem uma cabeça enorme, especialmente o Tiago, quando está ao pé da Francisca;
-Acordo bem-disposta a meio da noite (e às vezes até canto);
-Babo-me a ouvir a doce Francisca a palrar, agora que ela descobriu que pode emitir sons;

-aprendi que o amor vai crescendo com ela. É cada vez maior.